Gato se dividia entre duas famílias em segredo
Histórias de pessoas que sustentam vidas duplas e mais de uma família vira e mexe aparecem na mídia, mas e se o bígamo em questão fosse um gato? Foi o que aconteceu com as famílias Alexander e Smith, da Nova Zelândia, que, durante dez anos, dividiram a guarda de um bichano sem saber.
Tudo começou quando Alice Alexander comprou um gato siamês, batizado Ming, em 2000. Desde pequeno, o animal adorava passear sozinho pelo bairro e, por conta de seu poder de se camuflar facilmente, já havia até sido levado para muito longe de casa após tirar um cochilo em um caminhão de mudança. Quando a família se mudou para Strathmore, em 2005, Ming passou a voltar de seus passeios sem fome e perdeu a coleira com seu nome, que também tinha o telefone de seus donos. As longas saídas ficaram mais frequentes e, em 2010, o gato desapareceu. Apesar dos esforços da família em encontrá-lo, espalhando cartazes pela vizinhança, ele não foi encontrado.
Em maio deste ano, Ming reapareceu no quintal de casa, subiu no telhado de vidro da varanda e começou a miar. “Fiquei pensando em mil coisas, imaginando onde ele esteve neste tempo”, contou Alice ao site Stuff.co.nz. Ela comprou uma nova coleira e implantou um microchip no gato, mas ele desapareceu novamente. Um mês depois, Ming voltou com a perna raspada. “Sabia que ele havia ido ao veterinário e que alguém estava com ele durante esse tempo, então espalhei cartazes pelas redondezas e, uma semana depois, uma mulher entrou em contato para falar que meu gato estava vivendo com a sua família”, disse Alice, sobre a descoberta da “traição” de seu gato.
Na família Smith, que mora a alguns quarteirões de distância dos Alexander, o gato se chamava Cleo e havia se mudado com eles para outra cidade durante os anos em que ficou desaparecido. Ninguém imaginava que o mascote da casa tinha uma “vida secreta” até ver os cartazes espalhados por Alice. “Cleo é parte da família e viveu com a gente por nove anos, não podemos abandoná-lo agora. É difícil para nós também. Ele nos ama e sempre volta para cá”, explicou Glenda Smith.
O guarda do gato ainda não foi definida, mas suas duas “mães” disseram que só querem a sua felicidade. “É muito difícil. Nós o amamos muito e queremos que ele seja feliz, mas temos a preocupação de que a família se mude novamente.
Ming tem 15 anos e merece descansar. Ele não deveria ter que se preocupar em revindicar território”, disse Alice.
Fonte: Jornal Extra